quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Korn - The Serenity of Suffering

Fala galera!

O Korn, com mais de 20 anos de carreira bem consolidada, e teve seus momentos.
Seus primeiros discos, fazendo o alicerce de sua carreira, a saída de um guitarrista (Brian “Head” Welch), o retorno do mesmo alguns anos depois, o flerte com o Dubstep...

Em alguns desses momentos, algumas pessoas acharam que o Korn não teria de volta aqueles tempos áureos, mais precisamente na época dos discos "Life Is Peachy (1996)", "Follow the Leader (1998)" e "Issues (1999)", devido a inventividade e inovação para o período.


Pois bem, em 21 de outubro de 2016, a banda lança "The Serenity of Suffering".
Devo dizer que fiquei extremamente satisfeito com o disco.
A audição do trabalho é prazerosa. E o som é poderoso. E claro, nos remete à época de seus discos acima citados.

A banda não usou nada de influências de outros estilos. É o bom e velho Nu Metal, mas com aquele ar de inovação, que nos lembra, claro o período de 1996 - 1999. Com riffs pesadíssimos, o vocal de Jonathan Davis ora melódico, ora gutural, deixa tudo mais sinistro.

O Korn voltou com força total, lançando um disco que consolida sua carreira como uma das melhores bandas no estilo. Os fãs das antigas vão matar a saudade das tijoladas, e os novos fãs vão se encantar, como nos encantamos a 20 anos atrás.


Ah, detalhe, já que todos adoram referências: o bicho de pelúcia, na mão da criança, é o bichinho da capa do disco "Issues". Particularmente, eu gosto das artes conceituais das capas da banda, muito.

Todas as faixas são matadoras, mas eu destaco aqui "Insane", "A Different World (com participação de Corey Taylor)", "Rotting in Vain (confiram o clipe AQUI)", "Take Me" e "Die Yet Another Night".

Segue traklist:

"Insane"
"Rotting in Vain"
"Black Is the Soul"
"The Hating"
"A Different World" (featuring Corey Taylor)
"Take Me"
"Everything Falls Apart"
"Die Yet Another Night"
"When You're Not There"
"Next in Line"
"Please Come for Me"


Faça um favor pra você e vá escutar! No volume altíssimo!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

David Bowie - Blackstar (★)

Fala galera!

Falar do Sr. Bowie é sempre complexo.
Não apenas por ser fã do trabalho dele. Mas pela complexidade de seus trabalhos.

Conhecido como o "Camaleão do Rock", não apenas por suas mudanças visuais, mas pela grande quantidade de influências que suas músicas carregam. É difícil conseguir rotular suas músicas.

David Bowie veio a falecer de uma maneira abrupta para o público: sua morte foi declarada em 10 de janeiro de 2016, e apenas familiares sabiam de sua doença, a qual enfrentava a 18 meses.

O disco em questão, "Blackstar (ou ★)", foi lançado em 08 de janeiro de 2016, dois dias antes de sua morte, e no dia de seu 69º aniversário.
Vemos aqui, logo na primeira audição, que é um disco de despedida. Despedida dos fãs e do mundo.

Capa de "Blackstar (★)"

É um som denso, com poucas influências de Rock, propriamente dito. Mas muitas de Jazz, e até Rap.
Letras bem escritas, e complexas, como todo o trabalho de Bowie, citando desde a Bíblia (faixa "Lazarus") e até o filme clássico "Laranja Mecânica (faixa "Girl Loves Me")".

A faixa título, "★", é a mais longa, com quase 10 minutos. Seguida por "'Tis a Pity She Was a Whore (muito visceral, por acaso)", com fortes influências de Jazz. Conta a história de uma mulher que tem um caso incestuoso com o irmão, para depois ser assassinada por ele. Com versos como "Ela segurou meu pau" e "uma pena que era uma prostituta". Uma faixa com uma sonoridade deliciosa, apesar do tom sombrio da letra.


A música "Girl Loves Me", parte da letra é cantada no dialeto Nadsat, a mistura de russo e inglês usada pelos personagens de "Laranja Mecânica".

Mas na minha opinião, as faixas mais claras quanto ao "adeus", são "Lazarus" e "I Can’t Give Everything Away".

"Lazarus", a terceira faixa, Bowie se compara a Lázaro, personagem da Bíblia que morreu e foi ressuscitado por Jesus.
Cantando versos como "olhe aqui em cima, estou no céu", e no final "eu serei livre como aquele pássaro azul", já denota o que ele realmente queria dizer. O clipe mostra Bowie deitado em uma cama de hospital (clipe AQUI).
E "I Can’t Give Everything Away", última faixa do álbum, com certeza é o ponto final. Em tudo.
Letra com trechos "desenho de caveira nos pés", "corações enegrecido e notícias com flores", "Dizer não e significar sim / Isso é tudo que eu quis dizer".


O álbum "Blackstar (★)" nos traz um David Bowie em excelente forma, e diferente de outros artistas, mostra que estava a todo vapor, com ótimas composições e músicas inspiradíssimas, não como alguém no fim de carreira. Uma perda, sem sombra de dúvidas, irreparável.

Segue tracklist:

"Blackstar"
"'Tis a Pity She Was a Whore"
"Lazarus"    
"Sue (Or in a Season of Crime)"
"Girl Loves Me"     
"Dollar Days"   
"I Can’t Give Everything Away"


O legado de Bowie será eterno, como um dos principais gênios da música.
Álbum altamente recomendado! E claro, se quiserem baixar as músicas, fiquem à vontade. Mas o CD original tem um acabamento lindo, edição em digipack, e com detalhes vistos apenas na luz. Coisa de colecionador mesmo!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Livro - O Circo Mecânico Tresaulti

Fala galera!

Depois de um tempo, cá estou de volta!
Peço desculpas por deixar o blog abandonado, mas foi por falta de tempo mesmo, não por má vontade.

Enfim, vamos ao que interessa!

Li esse livro tem alguns dias, e na verdade, ele nem foi indicado por ninguém, achei o nome interessante. Eu sei, puta bobeira.

Bobeira nada!

Edição capa clássica.

"O Circo Mecânico Tresaulti" foi um dos livros mais bacanas que li durante esses tempos!

Um circo itinerante, com algumas pessoas fazendo show pelas cidades, trazendo alegria, parece uma história clichê total, né?

Agora, imaginem uma terra pós-apocalíptica, toda destruída, e em alguns lugares, ainda existem resquícios de radioatividade.
Novas cidades vão nascendo ao longo dos séculos (é, séculos).
E esse circo, em particular, é diferente de tudo.

O grupo circense é formado por pessoas mutiladas (por serem soldados, ou vítimas das guerras), todas "reconstruídas", com partes metálicas, engrenagens... e que vão se juntando ao circo. Uns fugiram das guerras, outros de suas vidas.
E essa galera vai levando um pouco de esperança por onde passam, numa aventura totalmente Steampunk.

Edição capa dura.

A escritora Genevieve Valentine manda muito bem: uma história fluída, leve, nada complexo, porém é aquele livro que você lê e fica pensativo depois. E é uma história muito humana, e pensamos realmente nas escolhas que fizemos e o peso das consequências disso.

A editora DarkSide deve ser conhecida por todos (se não conhece, clique AQUI e conheça), e lançou o livro em duas capas: a clássica (capa normal) e a edição limitada (capa dura). As duas edições tem acabamento lindo, e independente de sua escolha, ambas são muito bonitas.

Ah, ia me esquecendo: o marcador de páginas é um ingresso dourado pra entrada no circo!

Tá esperando o que? Já saia e vai ler esse "novo clássico"!