terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Sandman - Prelúdios e Noturnos

Fala galera!

Quem se diz fã de quadrinhos, mas nunca leu ou ouviu falar de Neil Gaiman e sua criação máxima, Sandman, não é tão fã assim.

Uma das histórias mais influentes de todos os tempo, e uma narrativa gráfica superior em vários aspectos, os arcos de histórias de Sandman são meio complicadas de se descrever.


Sandman (ou Morpheus, Oneiros, Senhor do Sonhos, entre outros nomes de várias culturas esquecidas) é um dos Sete Perpétuos (a se saber: Morte, Destino, Desejo, Destruição, Desespero, Delírio e Sonho) que não são deuses, mas sim existências superiores responsáveis pela ordem da realidade como a conhecemos.

Seu primeiro arco, chamado "Prelúdios e Noturnos", publicada entre 1988 e 1989, foi o início da saga do Senhor do Sonho.



























Numa tentativa de aprisionar a morte, o mago Roderick Burgess (uma alusão clara para Aleister Crowley, famoso mago e ocultista), em 1916, prendeu por engano, o Sonho. E o manteve em cativeiro por setenta anos. E isso teve uma consequência grave para toda a humanidade (sem spoilers!).

Sonho consegue fugir, e encontra seu reino, o Sonhar, muito diferente do que era: abandonado e destruído.
Nessa caminhada, ele encontra Caim e Abel, e também com as Três-em-Um, as três bruxas que se apresentam como uma virgem, uma mãe e uma velha, presentes em várias mitologias.
Além disso, Sonho perdeu suas três ferramentas mágicas: seu elmo, seu rubi e sua areia.


Ele consegue recuperar a areia com a ajuda de ninguém menos que John Constantine; o elmo foi recuperado no Inferno (com uma série de diálogos espetaculares com Estrela da Manhã, vulgo Lúcifer) e seu rubi estava com o louco Dr. Destino, John Dee.

A narrativa de Gaiman, misturando mitologia e cultura Pop, e os desenhistas deixam tudo mais saboroso.

Esse é o pontapé inicial para entrar no mundo de Sandman.
Futuramente, postarei aqui outras histórias do personagem, mas nada melhor do que postar sobre o início!

Vai correr atrás pra ler isso!!


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Eduardo - A Guerra não Declarada na Visão de um Favelado

Fala galera!

Eu queria ter falado sobre este livro antes, pois acredito que todos deveriam le-lô.

Edurado, que ficou famoso no grupo de Rap Facção Central, surpreendeu todos os fãs do grupo quando falou de sua saída do Facção. O grupo conhecido por suas letras contundentes (ótimas, por sinal), além de acusações injustas sobre apologia ao crime (muito injustas, por sinal), sempre mostrou estar um passo à frente.

Agora, Eduardo parte para uma área pouco explorada, porém necessária para todos, a literatura. Sendo um rapper, todos pensaram que o assunto seria Rap, e que Eduardo seria o personagem principal sobre o assunto.

Porém, não é nada disso.
O livro, chamado "A Guerra não Declarada na Visão de um Favelado", mostra as mesmas ideias que Eduardo mostrava nas letras de suas músicas: ideias conjuntas para se chegar além.


Em suas 616 páginas, Eduardo explana sobre como os menos favorecidos, ou "favelados", como todos tratam quem vive nas periferias das cidades, vários tópicos que os estudiosos nunca curtem muito debater ou levar a luz: a desigualdade social pode ser resolvida? O próprio povo se acomodou com o pouco que tem?
Os mais ricos (uma minoria no nosso país) tem culpa por tudo o que acontece? A polícia é mesmo necessária em nossas cidades?

Eduardo mostra grande desenvoltura em suas palavras, pois todos nós sabemos que o Brasil é conhecido como o país da alegria, do carnaval e do futebol. Mas mostrar a verdade nua e crua, a periferia de nossas cidades, abandonadas e o povo carente, faminto e lutando para conquistar algo, acredito que somente ele poderia fazer.

Uma das grandes passagens do livro é quando Eduardo diz para os estrangeiros trocarem o protetor solar, e borrifar Luminol (produto usado por legistas para encontrar vestígios de sangue em cenas de crime ou cadáveres) pelas ruas do nosso "país alegre". Só assim veriam o grande genocídio em que vivemos, pois faltaria Luminol para tantas mortes.


Eduardo pinta um quadro desolador de nosso país, é verdade.
Mas não existe retrato mais autêntico, realista e verdadeiro. 
Todos deveriam ler esse livro, ainda mais nessa época de carnaval, onde todos acham que é tudo lindo e nada de ruim existe.

Para adquirir o livro e o primeiro CD solo do cara, acesse o link AQUI

Parabéns novamente, Eduardo!
E logo posto por aqui sobre o primeiro CD dele!

domingo, 15 de fevereiro de 2015

House of Pain

Fala galera!

No início da década de 90, quando o Hip Hop passou a ser conhecido pelo mundo, era tido como uma trilha sonora exclusivamente das áreas mais pobres, e cantado apenas por negros.

Aí surgiu o "rapper" branco Vanilla Ice, com seu hit "Ice Ice Baby (seu único hit, diga-se de passagem)". Então concluímos que  Eminem não foi o primeiro rapper branco a fazer sucesso na América.

Em 1992, surgiu o grupo House of Pain (acho um nome muito, muito foda!), contando com Everlast (Erik Francis Schrody), DJ Lethal (Leor Dimant) e Danny Boy (Daniel O’Connor).


Um grupo de Hip Hop formado apenas por brancos?
E de origem irlandesa? Até parece que faria sucesso né?
Pois é... e fez um sucesso do cacete!

Tido com um dos grupos mais influentes de Hip Hop de sua época, seu primeiro álbum, "House of Pain", fez um sucesso monstruoso com seu estilo Hard Core Hip Hop, com sucessos como "Jump Around", "Top o' the Morning to Ya", "Shamrocks and Shenanigans", "Guess Who's Back" e "One for the Road".

Hoje o grupo não está mais atuando junto, tentaram voltar com o grupo, e no final se tornou o supergrupo La Coka Nostra, que Danny Boy fez suas correrias pra juntar o antigo grupo e mais alguns amigos.
Everlast tem uma sólida carreira solo, e DJ Lethal foi DJ da banda Limp Bizkit por vários anos.
Acho muito bacana a gente sempre buscar a origem e inspiração de músicos atuais. Aí está uma boa dica! E curtam o clipe de "Jump Around"!!