domingo, 19 de abril de 2015

Sound City - Real to Reel

Fala galera!

Conhecemos apenas o final do processo total no que se refere à música.
A parte simples é colocar o CD ou vinil no aparelho e deixar rolar. mas o que acontece até chegar esse ponto?

Dave Grohl.

O polivalente Dave Grohl, da banda Foo Fighters, gravou um belo documentário chamado "Sound City - Real to Reel", e conta a história do estúdio Sound City, na Califórnia.


Este estúdio foi a casa de vários artistas e vários discos de sucesso, e dentre as bandas que passaram por lá e fizeram história: Rick Springfield, Neil Young, Fleetwood Mac, Grateful Dead, Tom Petty and The Heartbreakers, Dio, Blind Melon, Kyuss, Masters of Reality, Rage Against the Machine, Nirvana, Red Hot Chili Peppers, Johnny Cash, System of a Down, Slipknot, Queens of the Stone Age, Nine Inch Nails, Metallica...

Taylor Hawkins, Dave Grohl e Alain Johannes.

Sound City era um estúdio analógico, e pra quem não sabe, estúdios analógicos funcionam assim: todos entram juntos no estúdio e gravam todos os instrumentos juntos, e às vezes, os vocais também. Tudo é gravado em tapes (isso mesmo, rolos de fita!) e se tiver algum erro, a fita é cortada e emendada. Complicado né?
E o que levou uma série de bandas famosas, em plena era digital, a gravar em um lugar tão antiquado?

Stevie Nicks.

Corey Taylor.

É aí que entra o documentário de Grohl!
É mostrado a história do estúdio, dos funcionários, engenheiros de som, produtores, de vários artistas, com entrevistas muito bacanas.
Alguns dizem que Sound City era badalado pela sonoridade do estúdio, outros pelo ambiente, e vários pela mesa de som customizada Neve 8078, pedida por encomenda.

Mesa Neve 8078.

Trent Reznor, do Nine Inch Nails, diz que estúdios assim mostram quem são músicos de verdade.

Trent Reznor.

Pensando nisso, Dave Grohl gravou um trilha sonora para o documentário, e isso foi mostrado no decorrer do filme.
Imagine uma trilha sonora que cada faixa é formada por uma superbanda!
Acho que essa é a melhor definição. 
Saca só os músicos de cada faixa, dentre eles, Paul McCartney com os membros do Nirvana, e a épica faixa "Mantra", com Dave Grohl, Josh Homme e Trent Reznor. 



Grohl surpreendeu com esse filme: mostra que o Rock tem muita história pra contar. A trilha sonora é magnífica, e claro que é altamente indicado!
Escutar as várias influências em cada faixa é um experiência única!!


sábado, 18 de abril de 2015

Marilyn Manson - The Pale Emperor

Fala galera!

Marilyn Manson está de volta!
Depois de seu ótimo disco "Born Villain", de 2012, Manson gravou uma participação no seriado Californication. E durante essa participação, conheceu o músico Tyler Bates (famoso por criar músicas incidentais), e os dois começaram a ter ideias sobre realizar um trabalho juntos, e Tyler chamou Manson para seu estúdio particular.


Para se ter uma noção dessa química, Manson disse:

"Tyler se sentou na minha frente com sua guitarra e seu amplificador. Nós não iriamos falar sobre como as canções iriam ser. 
Eu disse: "Apenas toque, me dê o microfone, vai."
É claro que gostaríamos de elaborar isso mais tarde, mas a maior parte, os takes da guitarra e o vocal são o original, primeiro take. 
Se eu fodi alguma coisa ou se ele fodeu alguma coisa, a gente começou desde o início e fizemos isso juntos. "

Para muitos críticos, este é um dos melhores trabalhos do cantor. Não tem aquele peso do Rock Industrial, marca registrada da banda, mas sim um excelente disco de Hard Rock / Rock Alternativo / Blues Rock.

Durante o processo de criação, Manson participou da última temporada do seriado Sons of Anarchy. E pra quem acompanhou, a trilha sonora dessa série é basicamente Blues Rock.
E durante as gravações, a mãe de Manson veio a falecer após oito anos lutando contra o Mal de Alzheimer.


Isso deu o combustível que ele precisava para compor a atmosfera do disco.
"The Pale Emperor" realmente parece uma trilha sonora, muito bem composta, e as letras obscuras, coisa que Manson domina, estão no nível de seus discos da Trilogia Triptych (sua época de ouro). 
O álbum lida com temas que vão desde a mortalidade, a guerra, a violência, a escravidão e religião, bem como contendo referências à mitologia grega e do folclore alemão, especificamente a história de Fausto e Mefistófeles.
A faixa "The Mephistopheles of Los Angeles", foi a faixa-título original e, de acordo com Manson, "o coração do álbum".

Capa de "The Pale Emperor".

O Imperador Pálido foi Constantino, que conforme Manson disse:

"...o imperador romano Constantino, a quem eles se referem como o imperador pálido pois ele foi contra tudo em todos os sentidos. Ele votaria em desordem. Ele foi o primeiro a negar a existência de Deus no império romano, o que foi um grande negócio."

Destaque para as faixas "Deep Six (Hard Rock total)", "Third Day of a Seven Day Binge", "Warship My Wreck (doentia)", "Birds of Hell Awaiting" e "Cupid Carries a Gun", que mostram que o Anticristo Superstar está vivo.

Segue tracklist:

1. "Killing Strangers"
2. "Deep Six"
3. "Third Day of a Seven Day Binge"
4. "The Mephistopheles of Los Angeles"
5. "Warship My Wreck"
6. "Slave Only Dreams to Be King"
7. "The Devil Beneath My Feet"
8. "Birds of Hell Awaiting"
9. "Cupid Carries a Gun"
10. "Odds of Even"


Essa mudança na sonoridade deu um gás novo para Manson. É um álbum bem trabalhado, não que os outros não fossem, mas esse nível de trabalho, para esse tipo de sonoridade, requer uma atenção especial.

Manson conseguiu o que queria: após muitos terem perdido a fé em sua capacidade, mostrou que estavam errados, trazendo um álbum digno de nota.

Indicadíssimo! Tocar alto não é suficiente!!


Slash - World on Fire

Fala galera!

Em 2014, o imbatível guitarrista Slash lançou seu terceiro álbum solo, chamado "World on Fire". Após lançar dois álbuns de estúdio (a saber, "Slash", de 2010, e "Apocalyptic Love", de 2012) e um álbum ao vivo ("Made in Stoke", de 2011), ficou uma dúvida em relação a qualidade do novo disco.


Seus trabalhos anteriores ficaram excelentes, mas conseguiria Slash manter esse patamar? A resposta é... SIM!!

Novamente, Slash está com Myles Kennedy nos vocais, e The Conspirators (Todd Kerns no baixo e Brent Fitz na bateria). Digo com convicção que este é o trabalho mais pesado do guitarrista.


Ao longo de dezessete faixas, Slash mostra porque é um dos melhores guitarristas de todos os tempos: belas melodias e solos absurdos, mostrando que está em plena forma.
Myles trazendo o melhor que sua voz pode fazer, mostrando a química entre os dois, e não podemos ignorar o fato de Todd e Brent deixarem sua marca.

Faixas como "World on Fire (uma tijolada)""Shadow Life""30 Years to Life (pesadíssima)""Stone Blind (grudenta)""Withered Delilah (Hard Rock em sua forma pura)""The Unholy (épica!)", mostram toda a potência da banda como um todo.

Segue tracklist:

1. "World on Fire"
2. "Shadow Life"
3. "Automatic Overdrive"
4. "Wicked Stone"
5. "30 Years to Life"
6. "Bent to Fly"
7. "Stone Blind"
8. "Too Far Gone"
9. "Beneath the Savage Sun"
10. "Withered Delilah"
11. "Battleground"
12. "Dirty Girl"
13. "Iris of the Storm"
14. "Avalon"
15. "The Dissident"
16. "Safari Inn"
17. "The Unholy"

Ou seja, "World on Fire" é uma verdadeira aula de Hard Rock. Pesado, bem trabalhado e limpo. Slash já não pode ser mais conhecido como o "ex-guitarrista do Guns n' Roses". Ele já tem sua identidade, e mostra que sua criatividade está a mil por hora.

Não desmerecendo Axl Rose (sou fã dele)... mas acho que ele vai suar muito pra lançar algum trabalho desse nível...

Altamente indicado! Escute alto pra cacete!!


domingo, 12 de abril de 2015

Street Fighter - Série Alpha: Parte 1

Fala galera!

Faz um tempinho que não apareço por aqui, né?
Vou tentar postar com mais freqüência, prometo!
Vou dividir o post em duas partes, para não ficar tão extenso, OK?

Mas vamos falar de um dos games mais famosos, o Street Fighter.
Como muita gente sabe, a série não segue uma sequência linear, ela foi lançada meio fora de ordem. Por exemplo o SF IV não é a última história, e sim o SF III - Third Strike. Meio complicado.

Mas a sequência mais famosa por aqui, talvez tenha sido a séria Alpha (ou Zero, no Japão). Particularmente, essa parte da história do game foi tão bem feita, tão completa que se tornou um clássico por si só.

O primeiro game, Street Fighter Alpha, foi lançado em 1995, trazendo algumas novidades.


Primeiro, toda a história se passa entre o final do primeiro SF e o SF II, abrindo o leque do enredo. Os personagens estão mais novos que no SF II, trazendo respostas que não haviam sido respondidas ou exploradas.

Os personagens foram redesenhados, parecendo desenhos de mangá. Uma coisa diferente foi a quantidade de personagens e cenários: são 13 personagens (10 personagens normais e mais três secretos) e pelo menos cada dois personagens usam o mesmo cenário, diferenciados pela hora (manhã, tarde ou noite).

E cada personagem tem seu último chefe, não são todos eles terminando com o M. Bison (ou Vega). Por exemplo, o último chefe de Ken é o Ryu, o último chefe de Ryu é o Sagat, e por aí vai.

A adição de três especiais em uma barra de energia, podendo ser usada conforme sua intensidade (um, dois ou três botões de soco ou chute).



O contra golpe Alpha Counter, que anula o golpe adversário e joga o oponente longe. 



Os personagens:


Ryu:
Vencedor do primeiro torneio, continua sua jornada em busca de novos adversários, para se tornar o melhor artista marcial.



Ken:
Amigo e rival de Ryu, ainda disputa com o parceiro para ver que é o melhor.


Adon:
Diretamente do primeiro SF, retorna para vingar seu mestre, Sagat, da derrota sofrida por Ryu.


Birdie:
Também do primeiro SF, retorna para saber mais da organização que ouve falar pelas ruas, uma tal "Shadaloo".


Chun Li:
Busca vingança pela morte de seu pai, assassinado pelas mãos de M. Bison.


Guy:
Isso mesmo, um dos personagens de Final Fight. A Capcom caprichou misturando o enredo dos games. Guy entra para o torneio com a missão de acabar com mal que se aproxima.


Nash (ou Charlie):
O amigo que Guile tenta vingar em SF II.
Nash tem a missão de destruir a organização Shadaloo, mas não sabe que isso talvez signifique seu fim...


Rose:
Uma cartomante que tem o poder oposto ao de M. Bison, chamado Soul Power.
O que acontecerá quando os dois se encontrarem?


Sagat:
Ganhou a cicatriz em seu peito de Ryu, quando foi derrotado no primeiro torneio.
O desejo de vingança não se saciará até a derrota de seu oponente.


Sodom (ou Katana):
Também vindo de Final Fight. Após o fim de sua gangue, a Mad Gear, entrou no torneio a fim de mostrar sua "japonesidade (se é que isso existe...)" para o mundo.

E os personagens secretos, disponíveis apenas através de códigos para serem habilitados, ou cumprindo certas pontuações:


Akuma (ou Gouki):
O mestre assassino está de volta, apenas para destruir seus oponentes.


M. Bison (ou Vega):
Seu corpo atual não aguenta mais o Psycho Power, e ele está a procura de outro corpo poderoso que consiga transferir sua mente e seus poderes. Um lutador em particular chamou sua atenção...


Dan:
Filho de Go, responsável por arrancar um olho de Sagat, e perder a vida em seguida.
Entrou no torneio para vingar seu pai.
Na verdade, Dan é uma sátira com Ryo Sakazaki e Robert Garcia, ambos do game Art of Fighting.


Já em 1996, a sequencia foi lançada: Street Fighter Alpha 2, que contava com mais personagens, os secretos do game anterior podiam ser escolhidos normalmente, e cada um é dono de seu cenário. Os gráficos foram melhorados e a jogabilidade continua excelente.


Os Alpha Counters continuam aqui, a barra de três especiais também, e uma nova modalidade de especial: o Custom Combo. Apertando os botões corretos, libera uma barra de tempo e você pode fazer o especial como quiser, soquinhos, Hadoukens, chutinhos, enfim...
E claro, a adição de novos personagens:


Dhalsim:
Mestre do Yoga, entrou no torneio para livrar de uma mal vindouro.


Gen:
O mestre dos assassinos, veio para o torneio apenas para acabar com um de seus alunos, Akuma.


Rolento:
O terrorista de Final Fight faz sua aparição para destruir M. Bison, e trazer sua antiga organização, a Mad Gear, de volta a ativa.


Sakura:
Após ver uma luta de Ryu, virou sua fã. Entrou no torneio para testar sua força e poder duelar com Ryu.


Zangief:
O Ciclone Vermelho quer mostrar seu amor pela pátria mãe, a Rússia.
Mesmo que precise quebrar todo mundo.

E ainda foi lançada uma upgrade do jogo, chamada SF Alpha 2 Zero (ou Alpha 2 Gold).
Esse game inclui versões alternativas dos personagens, como a versão das edições sem especiais lançadas anteriormente (SF II), bastando apertar Start em cima do personagem a escolher.
 E antes do lançamento desse jogo, a Capcom liberou os direitos para o lançamento de um mangá, onde aparece pela primeira vez Ryu possuído pelo poder do Dark Hadou (Satsui no Hadou), o Evil Ryu.
Também uma versão "Evil" de Sakura, uma versão mais possuída de Akuma, o Shin Akuma, e Cammy, que é uma das versões de M. Bison.


Cammy


Evil Ryu


"Evil" Sakura


Shin Akuma


Pois é, no próximo post, o último game da série, personagens e todos os modos do game!