Fala galera!
Dando continuidade nas lendas urbanas regionais, essa conheci a pouco tempo, na cidade de Pereiras.
Como já falei anteriormente, Pereiras é uma cidade pequena, com cerca de 6 mil habitantes, e em sua maior parte, uma região rural.
Algumas pessoas da área rural me contaram sobre uma lenda muito interessante. Segue:
"Certa vez aqui na varanda de casa, vi passando pelas ruas de terra uma porção de gente, caminhando em direção ao centro da cidade. De longe, não consegui reparar muito bem, mas quase passando em frente à minha cerca, reparei que era um cortejo fúnebre.
Seis pessoas levando o caixão, e cerca de 30 pessoas acompanhando. Algumas chorando. Porém se escutava apenas os passos na ruazinha de terra e pedrinhas.
Pensei comigo "Mas está muito longe do centro (são aproximadamente nove quilômetros do ponto da casa onde mora o senhor que me contou)."
Não sei porque, mas senti vontade de acompanhá-los um pouco. Minha esposa não concordou, mas a ignorei.
Fiquei alguns passos distante, e ninguém se falava, ou falava comigo. Apenas caminhavam.
Caminhei por uma parte do caminho, parecia que não caminhei 10 minutos seguindo o cortejo. Como não conhecia ninguém naquele meio de gente, e ninguém estava disposto a falar, resolvi voltar.
Caminhei cerca de 45 minutos de volta até chegar em casa.
Passado uns dois dias, fui conversar com um vizinho do sítio próximo ao meu.
Perguntei quem havia morrido na região. Ele me respondeu que ninguém havia morrido.
"Como não?" respondi. "Vi o cortejo descendo nossa rua, e até segui eles até certo ponto...".
Ele me respondeu assustado, que não nem ele, nem sua esposa, nem seus filhos viram nada passando pela rua.".
O mesmo caso aconteceu com mais dois moradores dessa área rural da cidade. E como antes, ninguém mais viu nada, a não ser os narradores. As histórias são idênticas, mudam apenas algumas ruas de terra pelo caminho, mas o destino é, aparentemente, o centro da cidade, onde se encontra o cemitério.
Dizem que quem acompanha esse cortejo fúnebre até o final não encontra mais o caminho de volta pra casa.
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