2º Olhar...: Killer 7

Estou "brincando" com esse game agora.
Na verdade, "brincando" é sacanagem, porque de brincadeira não tem nada.
Abaixo segue minha análise do jogo:

Killer 7

A primeira impressão que se tem ao ver Killer7 é sempre a mesma: "Que jogo estranho".
Killer7 é praticamente impossível de se definir. O jogo mistura o ritmo solitário dos famosos adventures ao tiroteio frenético que consagrou os melhores FPS que conhecemos, em uma atmosfera fria e insólita Neo-Noir, enquanto narra uma viagem psicótica à mente de um assassino profissional com sete personalidades distintas.

Você utiliza essa TV em vários momentos, pra um monte de coisas

O jogo é simples e, quando eu digo isso, é realmente simples. O diretor apostou em uma jogabilidade prática e de fácil aprendizado, em que você apenas necessita de poucos botões para executar todas as ações.
O combate também é muito simples: ao ouvir a gargalhada de um dos inimigos, o que se deve fazer é segurar o R1 (botão que muda para o modo de primeira pessoa) e, em seguida, o L1, que fará com que seu personagem verifique o local para achar qualquer inimigo a sua procura. Depois, bem, é só "meter" bala.

Os quebra-cabeças de Killer7 são inteligentes e forçam o uso da lógica da exata forma que os antigos adventures. Agora, vamos ao significado do nome do jogo. Killer7 vem do fato de Harman Smith, um velho de cadeira de rodas conhecido por ser o melhor assassino que existe, possuir um sindicato de assassinos igualmente poderosos a ele. Até aí, tudo bem, a diferença vem do fato que cada um desses assassinos, sete por sinal, são outras personalidades do velho, cada uma com suas habilidades especiais, desde disparar tiros de luz com um revólver até quebrar uma rocha com a testa. Você pode trocar as personalidades na hora que quiser durante o jogo, com exceção de Garcian Smith, a primeira delas. O fato de Garcian também andar sempre armado não quer dizer que ele foi feito para sair atirando, muito pelo contrário. Garcian entra em ação quando uma das personalidades morre. Sua missão é resgatar o corpo e ressuscitá-lo para que este possa voltar à missão.

Visão em 1ª pessoa, depois do scan, é só mete bala!

Voltando ao enredo, vamos tentar definir um pouco sem cair nas interpretações tediosas que encontramos por aí. A história é centralizada no embate entre Harman Smith e Kun Lan, o líder de uma organização terrorista chamada de Heaven Smiles. Básico, não? Mas a história é muito mais do que isso. Ela trata de assuntos como terrorismo, líderes religiosos, sexo, esquizofrenia e até tráfico de crianças e de órgãos, fazendo, por si só, uma crítica bizarra a toda nossa cultura e o que vivemos por meio de metáforas inteligentes e sutis.

Esse rapaz é um tipo de informante, mas depois que veste a máscara, ele ainda te da informações, mas te xinga até não poder mais...

Este é um dos espíritos que vivem te atormentando

Tudo isso aliado às dublagens praticamente perfeitas dos personagens, músicas e efeitos sonoros angustiantes bem semelhantes às usadas em Silent Hill, ajuda a criar o clima extremamente perturbador e ainda assim viciante de Killer7. Um jogo simples, centrado em um enredo incerto sempre aberto a novas interpretações, com uma jogabilidade arcaica, diga-se de passagem, que serve de veículo para que o jogador viaje pela história contada, garantindo facilmente horas e horas de diversão a aqueles que não passam a odiá-lo à primeira vista.

A Capcom está de parabéns, pois não teve medo de inovar mais uma vez, lançando um título diferente de tudo que foi visto até agora, já que, vamos admitir, já estamos meio de saco cheio de títulos reciclados ou sempre muito parecidos. Eu recomendo!!

As personalidades de Harmam Smith